Se antes a caxumba era uma doença relacionada à primeira infância, hoje a situação é bem diferente. Entre os casos notificados no Brasil, muitos dos afetados são adolescentes em escolas e adultos. Por isso, ter atenção aos sintomas, à prevenção e ao tratamento da doença é importante em qualquer idade.
Quando infectadas, algumas pessoas sequer desenvolvem sintomas, embora seja possível detectar a presença de sinais como febre, mal-estar, cansaço, dor no corpo, dor de cabeça e diminuição do apetite. Em geral, após dois dias do início do quadro sintomático é que começa a ocorrer o característico inchaço das glândulas parótidas.
Diante de alguns surtos isolados no País, é importante ter atenção ao modo como a doença é transmitida. Segundo o médico Guilherme Bruno de Lima Júnior ela ocorre por meio de gotículas da respiração, contato direto ou com as roupas da pessoa contaminada. “Após a infecção, os sintomas iniciam em um período de 14 a 18 dias”, acrescenta. A caxumba tende a melhorar espontaneamente em cerca de duas semanas, mas também pode provocar outras complicações sérias, como inflamação dos testículos masculinos ou dos ovários femininos, podendo acarretar até em infertilidade.
Há ainda outros casos raros em que pode gerar um quadro infeccioso no cérebro e causar surdez. Mas mesmo os sintomas leves, como febre e mal-estar, causam incômodo e prejudicam sua produtividade, uma vez que exigem repouso na recuperação. Por isso, prevenir é a melhor escolha.
Prevenção e tratamento
Já que não sabemos onde o vírus está, a orientação é restringir o contato respiratório com pessoas contaminadas, lavar as mãos ou usar álcool gel todos os dias podem fazer a diferença. Há também a vacina conhecida como tríplice viral, administrada em duas doses e que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Ela está disponível gratuitamente para pessoas de até 49 anos de idade pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Não existe um remédio específico, embora algumas medidas possam ajudar a atenuar os sintomas. Para aliviar a dor e indicado aquecer a área inchada por 10 a 15 minutos várias vezes ao dia, além da administração de analgésicos. Júnior também recomenda repouso absoluto.