Texto por Rita Trindade | Foto Daniel Scherer
O Musical que vem encantando o público gaúcho passou por Gravataí no dia 8 de agosto, no Teatro do SESC, e passará por Porto Alegre no próximo mês. Lupi, o musical – Uma vida em estado de paixão, conta a história marcante de Lupicínio Rodrigues. O espetáculo é uma homenagem ao artista no ano de seu centenário. Nesta celebração a Lupicínio Rodrigues, o público pode conferir um pouco da história do homem que vai além da dor de cotovelo – os dez atores apresentam o artista, mas também o pai, o amigo e amante. O musical revela um Lupicínio em situações conhecidas e inéditas: de sua juventude como soldado, o aprendiz de mecânico até um boêmio de família. Das 21 músicas selecionadas para o repertório, o público encontra canções renomadas como “Felicidade”, “Nervos de Aço” e “Se acaso você chegasse”, mas também composições menos conhecidas de sua produção, como Zé Ponte e Judiaria. A direção musical e os arranjos do espetáculo são de Mathias Pinto. A dramaturgia e direção cênica é de Artur José Pinto.
Serviço
Data: 18 e 19/09
Horário: 21h
Local: Teatro da AMRIGS
Endereço: Av. Ipiranga, 5311
Informações: (51) 8632.4117
Ingressos: R$ 60,00 público em geral – R$ 30,00 idosos – R$ 40,00 estudantes – R$ 30,00 títular e acompanhante clube do assinate ZH
Ponto de venda: Na bilheteria do teatro da AMRIGS.
Classificação etária: 12 anos
Duração: 100 min.
Conheça mais sobre Lupicínio Rodrigues:
Lupe, como era chamado desde pequeno, foi um compositor brasileiro que nasceu em Porto Alegre em 16 de setembro de 1914 e faleceu em 27 de agosto de 1974 na sua cidade de origem. Lupe compôs marchinhas de carnaval e sambas-canção, músicas que expressam muito sentimento, e, principalmente, a melancolia por um amor perdido. Foi o inventor do termo dor de cotovelo, que se refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede um uísque duplo, e chora pela perda da pessoa amada. Constantemente abandonado pelas mulheres, Lupicínio buscou em sua própria vida a inspiração para suas canções, onde a traição e o amor andavam sempre juntos.
De 1935 a 1947 trabalhou como inspetor da Faculdade de Direito da UFRGS. Nunca saiu de Porto Alegre, a não ser por um pequeno período em 1939, para conhecer o ambiente musical carioca. Porto Alegre era seu berço querido. Boêmio, foi proprietário de diversos bares, churrascarias e restaurantes com música, que seguidamente abria e logo fechava, tudo apenas para ter um local para encontro com os amigos. Torcedor do Grêmio, compôs o hino tricolor em 1953. Seu retrato está na Galeria dos Gremistas Imortais, no salão nobre do clube.
Deixou cerca de uma centena e meia de canções editadas, outras centenas que compôs foram perdidas, esquecidas ou estão à espera de quem as resgate.