Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza, empreiteiro-construtor, rico proprietário de mil escravos que trabalhavam nas suas empreitadas. Ele é considerado o início da história de Cachoeirinha. Os 43 quilômetros do município, no passado pertenceram ao Coronel João Batista Soares.
Foi o construtor do primeiro arranha-céu de Porto Alegre, o edifício Malacoff com três pisos. Construiu também o Teatro São Pedro e diversas pontes, entre elas a Ponte do Riacho, no Largo dos Açorianos, em 1842. João Baptista era um arquiteto sem diploma.
João Baptista, além da propriedade da Cachoeira, tinha mais duas: uma em São Leopoldo e outra em Porto Alegre. Na metade do século XVIII, o Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza veio morar na Fazenda da Cachoeira, situado no segundo distrito de Gravataí, propriedade de cerca de dois mil hectares.
O Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza construiu sua casa junto da parada 54, local que até alguns anos atrás morava seu herdeiro Julio Baptista Soares. Trata-se de uma casa grande, com um alicerce alto e também de grande altura no interior; A mobília da sala é antiga, e, segundo conta a história, foi um presente de parentes para sua mãe. Da janela, ao lado da porta de entrada, avista-se uma construção baixa, comprida, com janelas pequenas, a dependência de empregados que, no passado, foi uma senzala. Ao lado da casa, um galpão muito alto com as tesouras do telhado de espessa madeira, foi uma tafona.
O coronel foi casado com Maria Rosa Souza com quem teve oito filhos. Em 1923, ano do seu falecimento os herdeiros iniciaram a venda das terras. Lydio Baptista Soares era o filho mais novo do Coronel. Herdou a propriedade, sede da fazenda. Com sua esposa Dona Cecília Gusmão Soares, filha de um engenheiro baiano, Manoel Gusmão, que veio para Rio Grande construir ferrovias. O casal viveu nesta propriedade com seus cinco filhos: Júlio (que daria nome ao mato), Paulo, Mário, Irene e Laura Soares. Viviam da agricultura e criação de gado. Na propriedade dos Baptistas, existe uma mata nativa com 256 hectares, considerada hoje o pulmão verde de Cachoeirinha. Existe hoje um movimento de tombamento da Casa dos Baptista.