A diminuição do consumo das famílias, já sinalizado pela desaceleração das vendas do comércio varejista no primeiro trimestre deste ano, pode tirar, em média, 0,5 ponto percentual de crescimento da economia em 2013, nas contas de consultorias econômicas. Isso significa que, em valores correntes, até R$ 27,5 bilhões que seriam usados na compra de bens e de serviços podem deixar de circular na economia.
A perda de ímpeto de consumo das famílias neste ano vem sendo sinalizada por vários indicadores. Em maio, o resultado da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou o tamanho da freada nas compras. O ritmo de crescimento do volume de vendas do comércio restrito, que não considera veículos e materiais de construção, caiu quase pela metade no fechamento do primeiro trimestre deste ano (4,5%) em relação ao encerramento de 2012 (8,4%).
Também dos seis segmentos que compõem a PMC, quatro tiveram desaceleração no crescimento no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2012, comparando-se ao ritmo de alta no primeiro trimestre do ano passado. O volume de vendas dos hiper e supermercados, que tinha crescido 10,3% no primeiro trimestre de 2012 ante o de 2011, terminou o primeiro trimestre deste ano com elevação anual de apenas 1,8%.
Consumo fraco tira R$ 27 bilhões da economia
22