Disponibilizar terras na Amazônia para a agricultura e a pecuária significa derrubar mais árvores para criar espaços. Os pesquisadores afirmam que essa expansão da área agrícola pode levar a uma diminuição nos níveis de produtividade em função das mudanças climáticas causadas pelo desmatamento.
Não haverá ganhadores se a agricultura possibilitada pela ampla derrubada na Amazônia continuar a se expandir, afirmam pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos. Eles calculam que a expansão em larga escala da agricultura em detrimento da floresta pode implicar na perda de quase dois terços da biomassa terrestre da Amazônia até o final desse século.
O estudo, publicado no periódico Environmental ResearchLetters, mostra que o desmatamento não apenas reduzirá a capacidade natural de sumidouro de carbono da Amazônia. Também causará reações climáticas que diminuirão a produtividade do pasto e da soja – a razão primordial do corte das árvores.
Talvez a conclusão mais chocante dos autores seja que uma combinação da remoção da biomassa florestal, e das mudanças climáticas resultantes, que influenciam a produtividade do ecossistema, possa resultar no declínio da biomassa terrestre em até 65% para o período de 2041-2060.
Amazônia pode perder 65% da sua biomassa terrestre até 2060
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