O Rio Grande do Sul responde hoje por 22% da produção nacional de energia eólica, atrás apenas do Ceará, responsável por 38%. Com essa posição, o Estado chamou atenção da Honda Automóveis do Brasil que anunciou no dia 24 de abril a construção de um parque eólico no município de Xangri-lá, litoral norte do Estado. Com o investimento de R$ 100 milhões serão instaladas nove turbinas de 3MW com capacidade de 27MW. Isto representará a geração de 95.000 MWh/ano (o equivalente para abastecer uma cidade de 35 mil pessoas).
Conforme a diretora-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Gabriele Gottlieb, o que motivou a vinda da empresa Honda é a expertise do RS na produção, geração e distribuição de energia eólica. “A intenção da Honda é, a partir desta produção de energia, conseguir compensar a energia utilizada pela fábrica em Sumaré (SP), deixando de emitir 2,2 mil toneladas de CO2 por ano, o que representa, aproximadamente, 30% do total gerado pela fábrica”.
Segundo Gabriele, o Rio Grande do Sul é um Estado importador de energia, “ao fomentar a instalação de fontes de produção de energia limpa, sustentável, e de baixo impacto ambiental, contribuímos para a política ambiental do Estado, que já é referência nacional no licenciamento de parques eólicos.” Em conjunto com as empresas produtoras de energia eólica, a Fepam está realizando o zoneamento eólico do Estado, que identifica tanto as fragilidades, como as potencialidades de produção em solo gaúcho.
RS é o segundo estado do país com maior produção de energia eólica
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