Solidariedade e união transformam Pátio 115 em Centro de Doações em Cachoeirinha
Há 30 dias, o Rio Grande do Sul vem enfrentando uma das piores tragédias climáticas de sua história. Apesar dos estragos e das perdas, uma onda de generosidade tem se formado para auxiliar aqueles que perderam tudo.
O empresário Tairone Keppler, compartilhou um pouco sobre o trabalho realizado nos últimos 30 dias, destacando a importância de unir esforços diante da calamidade pública que assolou a região. Através da Associação de Amigos Voluntários, da Modular e da Central Única das Favelas (Cufa), voluntários e empresas se mobilizaram para ajudar.
O Pátio 115, espaço conduzido por Tairone, localizado em Cachoeirinha se transformou em um importante centro de distribuição de suprimentos. Toda a equipe, incluindo voluntários, dedicou-se integralmente à organização e entrega de doações, muitas vezes estendendo o horário de funcionamento até tarde da noite.
“O Salão hoje é um grande conglomerado de doações e nos últimos 30 dias essa foi a dedicação total aqui do Pátio”, destacou Tairone.
De acordo com o empresário, a abordagem adotada visa garantir que os suprimentos cheguem às pessoas de forma rápida e sem burocracia. “A pessoa chega, naturalmente pegamos o nome, o telefone, os itens que levou, mas ele diz o que precisa e o que tiver, ele vai levar para ele, para a família, para quem ele está abrigando, para quem está desabrigado com ele. O nosso papel aqui não é criar impeditivo algum, pelo contrário”, afirmou.
Até o momento, mais de mil colchões, 10 mil cobertas e mantas, cinco mil itens de higiene pessoal, cem mil litros de água, e cerca de dez toneladas de alimentos já foram distribuídos. Além disso, foram beneficiadas mais de vinte mil pessoas diretamente pelas doações recebidas no Pátio.
“Tentamos fazer um levantamento, mas é muito difícil, porque havia itens que quando eram descarregados dos caminhões ou das carretas, já tinham filas de pessoas esperando para levar”, concluiu.
O empresário se emociona ao relembrar que a tragédia no Rio Grande do Sul trouxe à tona não apenas a devastação, mas também o melhor da humanidade, mostrando a importância da união e da solidariedade em momentos de crise.
“Para nós isso foi uma surpresa enorme, a forma espontânea, como pessoas de várias partes do Brasil ligando, inclusive, querendo mandar uma carga ou querendo contribuir, pessoas daqui, pessoas do lado, pessoas da volta”, concluiu.