Por Carlos Panni – Médico e escritor
Empresas buscam, através de balanços anuais, analisar, entre outros, seus ativos, passivos, estoques e o movimento financeiro. Costuma ser um procedimento de grande magnitude para, em suma, verificar a saúde empresarial e projetar, para o(s) ano(s) vindouro(s), as medidas necessárias para corrigir distorções, aprimorar projetos e aumentar seu patrimônio.
Tudo bem, este é um importante balanço, – o balanço – do TER (para ter mais!).
No entanto, podemos deixar passar o ano sem que façamos um não menos importante balanço, – o balanço – do SER (para ser melhor!).
O trabalho profissional, em todos os níveis, é um fator de inestimável valor, já que nossa sobrevivência física depende do “suor do rosto”. Há, no entanto, outras “sobrevivências” que precisam de igual atenção e investimento. O “checkup” anual também nos informa sobre a saúde da ”empresa biológica”, permitindo projetar medidas de recuperação, manutenção ou melhoria da sanidade física. Assim como esta e aquela, a avaliação, de tempos em tempos (e que não sejam longos), da eugenia mental é de indiscutível importância para mantermos a inteligência, a memória e os conhecimentos trabalhando a nosso favor.
Mas não fica por aí!
Nossa “empresa vital” tem uma “repartição” tão ativa quanto vulnerável. São os sentimentos que se manifestam através das emoções, desejos, sonhos, ressentimentos, angústias e preocupações que podem estimular ou minar nosso ânimo, nossa vontade e nosso prazer de viver e prosperar.Tais pensamentos e sentimentos, caso não sejam “esparramados na mesa”, feita contabilidade e tomadas medidas oportunas para manter e ampliar o que é bom, corrigir distorções, pois como “no balanço das horas tudo pode mudar”, – que as mudanças sejam feitas!
Um olhar atento sobre o corpo, a mente, as cognições, emoções, atitudes e, inclusive, sobre a espiritualidade, nos permitirá vida longa e saudável, resgatando a paz, as relações harmoniosas e a qualidade de vida. Talvez, o torvelinho dos compromissos – com os outros – não tenha permitido que vivêssemos e desfrutássemos do que a vida tem de melhor a nos oferecer: – o amor que podemos dar e o amor que desejamos receber.
Afinal, viver em plenitude é mais que um direito nosso, é um dever conosco mesmos!
E, viver em plenitude, com certeza, “não tem preço”!
FELIZ – BALANÇO DE VIDA!!!