Neste dia 22 de setembro é comemorado o Dia do Contador. Nesta mesma data, no ano de 1945, o então presidente Getúlio Vargas assinava o Decreto-lei nº 7.988, criando o primeiro curso superior de Ciências Contábeis do Brasil, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em 2017 completa 72 anos de legalização da profissão.
Antes da assinatura do decreto em 1945, havia os cursos técnicos de Contabilidade e de Contador, porém, nenhum dos dois tinha validade de ensino superior. O decreto-lei culminou com a criação de um curso com duração de quatro anos e seguindo regime anual.
O contador é uma figura importantíssima na rotina de uma empresa, pois é através das atividades exercidas por este profissional que a empresa trata de sua área financeira, econômica e patrimonial. Ele elabora demonstrações contábeis e estuda os elementos que compõem o patrimônio monetário das companhias. O profissional também tem a função de sugerir ações aos seus clientes para que eles solucionem possíveis entraves financeiros dentro de suas empresas. Ele deve sempre estar atento às atualizações das leis e às datas das obrigações fiscais, sendo uma grande responsabilidade, já que a saúde financeira dos negócios depende da qualidade de seus serviços.
A data também ganhou um peso diferente advindo da nova realidade que a contabilidade enfrenta no Brasil e no mundo. Nos últimos tempos a crescente tecnologia focada na área contábil impôs mudanças radicais e significativas no cenário. Atualmente, ferramentas como os ERPs, os softwares de emissão e gestão de documentos eletrônicos, e os próprios documentos, agora todos digitais, representaram mudanças e reciclagens que esse profissional teve de realizar. Cada vez mais, a adoção de uma tecnologia moderna e eficiente vem se tornando o diferencial da empresa de serviços contábeis, porém durante o processo de análise contábil, a máquina, a tecnologia, sempre será um facilitador. A inteligência humana, aquela conquistada na formação e experiência desses profissionais, é o que guiará as decisões e identificará os pontos vulneráveis de uma empresa.
Algumas tendências de mercado
–Fusões e aquisições no mercado contábil: tanto para melhorar a infraestrutura do negócio, quanto para agregar competências, inclusive fazendo frente aos concorrentes internacionais que chegam ao País. Ao integrar uma rede ou uma franquia contábil, a empresa passa a usufruir do conhecimento técnico e de negócios de quem já está no mercado há algum tempo;
–Profissionalização: atendimento ágil, honorários justos e rentáveis associados ao resultado e não apenas ao volume de trabalho, e uso da tecnologia para ser mais eficiente;
–Atualização constante: os contadores do futuro devem reservar tempo para o desenvolvimento pessoal e profissional, investindo na capacitação contínua para enfrentar os desafios que estão por vir. E não apenas conhecimento da área contábil, mas também de marketing, gestão, vendas;
–Segmentação: uma atuação generalista é mais fácil de ser engolida pela concorrência. A segmentação permite um maior aprofundamento do negócio do cliente atuando como um consultor. Isso sem contar a facilidade de padronizar processos e ferramentas diminuindo os custos de operação e aumentando a produtividade;
–Atuação global: o Brasil tem uma das legislações tributárias mais complexas do mundo, o contador está mais do que apto a concorrer em pé de igualdade com os escritórios estabelecidos em outros países. É preciso preparação, pois a competição internacional envolve a apresentação de metodologias globais, as quais levam à excelência na gestão e são fatores imprescindíveis à sustentabilidade e evolução das empresas contábeis;
–Omnichannel Marketing: para profissionalizar a comunicação com o cliente, a tendência é atuar em vários canais integrados de relacionamento. O conceito
parte da ideia de que a experiência do consumidor com a marca deve ser única, mesmo que o canal de atendimento escolhido seja diferente.